quarta-feira, 6 de maio de 2015

O QUE É MORAL?


O que é moral? É uma ação ou pensamento correto? Mas o que é correto ou certo para se pensar e praticar? É aquilo que não prejudica os outros, ainda que eu deseje fazer? Como declarou Baier sobre a moralidade: ...seguir regra designadas para suplantar o interesse próprio sempre que for interesse de todos igualmente que cada um ponha de lado o seu interesse pessoal.[1] Agora entendi, a moral é fazer o que é correto para a cultura e sociedade que vivo, deixando minhas convicções pessoais sobre a “moral” de lado, para que prevaleça o bem comum? Muito interessante!
Nesse raciocínio o que hoje é moralmente incorreto como: pedofilia, homicídio, estupro, roubo, furto, pode ser um dia moralmente correto? Isso dependerá do quanto a sociedade evoluir e quebrar seus paradigmas? Por isso, alguns universitários tem declarado que é correto colocar o conhecido “boa noite cinderela” na bebida das jovens e violenta-la coletivamente! Talvez por isso, muitos ativistas gays acham justificável pela causa que defendem beijar em ambientes religiosos, tirar a roupa, mostrar as genitais para as famílias tradicionais, como forma de protesto legitimo! Dentro da lógica apresentada acima de mudanças de avaliação da moral, será um avanço para a sociedade quando entender que tudo que “potencialmente a vontade” humana deseja deve ser vivida, como defendem os niilistas[2]?
Hoje a sociedade entende que pedofilia e estupro, é imoral, não é? Logo, se uma corrente filosófica e cientifica (porque a ciência tem se tornado cada vez mais sociológica) defender e convencer a maioria pela força manipuladora da mídia, que essas práticas são morais e benéficas as crianças e as mulheres, deveremos aceitar, porque pensar o contrário deles seria “um retrocesso”? Nesse caso, você teria que abrir mão dos critérios morais para aceitar como realidade e virtude a pedofilia e o estupro? Talvez você me ache exagerado nessa possibilidade de aceitação moral, mas diria que no mínimo você é desinformado sobre o que esta ocorrendo no mundo acadêmico do século XXI!
Como um filosofo disse: Se Deus está morto, podemos fazer qualquer coisa! Deus é o padrão de verdade e moral, sem ele não temos mais nada, só a nós mesmos! Podemos fazer qualquer coisa que desejarmos! Você já observou que o argumento de muitos ateus é que se Deus existisse não deixaria acontecer as catástrofes que ocorrem hoje, os acidentes, as doenças e assim por diante?! Ou seja, nesse argumento, Deus para ser Deus teria que sempre impedir a dor na vida humana! Contudo, Deus para ser Deus não pode estabelecer um padrão de moral para que julgue o meu padrão de moral! Veja que incoerente! Deus para ser crido pelo homem precisa impedir que ele sofra qualquer perda, qualquer dor, qualquer tristeza, mas nunca poderá interferir, julgar e estabelecer um padrão de verdade e moral para ele?
Você pode construir sua vida, sua moral, seu padrão de verdade sobre a palha que o vento dispersa (Sl 2.4), sob os rudimentos do mundo, com suas filosofias vãs (Cl 2. 8), ou sob Cristo, no qual habita corporalmente toda a plenitude divina (Cl 2.9)!
Crer que Deus existe não é suficiente para conhecê-lo, é necessário relacionar-se com Ele por meio da revelação que Ele faz de si mesmo, nas Escrituras e principalmente por meio da sua maior revelação, Cristo! Todavia, o que pretendi dizer com todos os argumentos aqui apresentados é que não necessitamos de nos sentir constrangidos intelectualmente diante dos “brilhantes” argumentos dos ateístas, porque não se trata de intelecto, mas sim de arrependimento e fé! Temos que ter a ousadia que Paulo teve no centro acadêmico da sua época, Atenas, onde defendeu com propriedade Jesus e a Ressurreição, mesmo que essa mensagem fosse tida como doutrina estranha, e ele visto como um tagarela (significa indigno de ser ouvido),  não se acovardou diante daqueles sábios gregos, mas apresentou com lógica e biblicidade o Evangelho e alguns creram e se arrependeram, outros zombaram (At 17. 16-34).

Reverendo Márcio Willian Chaveiro


[1] HUNNEX, 2001, p. 47
[2] O nielismno é a negação do “eu” por valores superiores. Grande influenciador desse pensamento foi Nietzsche, que entendia que o que vem a consciência é fruto da vontade pulsante, e não o contrário. Logo, o farol que ilumina o oceano é direcionado pela vontade e não pela consciência. 

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