sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CRISTOFOBIA E A PROMESSA REDENTORA PARA OS VERDADEIROS CRISTÃOS!



Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamavam em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
(Apocalipse 6.9-11)

            Eu nunca gostei de interpretações surtadas de Apocalipse, daquelas que acham que o código de barra ou o chip seja a marca da Besta, que o anti Cristo será gerado a partir da relação do Diabo com uma mulher e assim por diante! Sem dúvida essas interpretações são absurdas e desprovidas de qualquer fundamentação bíblica e teológica. Todavia, fico atento as mudanças culturais e sociais que ocorrem no tempo que estou inserido, porque a Escritura (Rm 13. 11-14). Os sinais da proximidade da vinda de Cristo são progressivas e por essa razão devemos nos regozijar diante deles, sabendo que cada momento está mais próximo aquele Dia! As promessas Redentoras desde Gênesis 3.15 são ampliadas em sua revelação na história e registradas nas Escrituras como um testemunho fiel de Deus para o seu povo, em todos os tempos!
            Quero apresentar alguns dados e fatos que tem ocorrido em nosso tempo com relação a rejeição global em relação a fé cristã. De início quero informar você, caso não saiba, que 150 mil cristãos, tanto católicos como protestantes, são mortos por ano no mundo! Mais de 50 países tem se empenhado em perseguir, em graus diferentes os crentes, conforme estatísticas feitas pela Missão Portas Abertas![1] Quando afirmamos que 50 países perseguem o cristianismo, isso inclui variadas formas de efetivar essa perseguição, como bem esclarece Ron Boyd-MacMillan: Perseguição é "toda e qualquer hostilidade vivenciada em qualquer lugar do mundo, como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso inclui atitudes, palavras ou ações hostis contra os cristãos, partindo de fora do cristianismo ou em meio a ele".[2] Com essa definição, naturalmente o Brasil faz parte de ranking!
            Outro fato que merece destaque é o grande crescimento no mundo de ateus e agnósticos. Os últimos são aqueles que creem que Deus existe, mas não pode ser conhecido porque não se revelou e vive em outra dimensão! Seriam na prática “ateus covardes” que não tem coragem de assumir suas convicções ateístas! Segundo dados do site Mundo Estranho países como Suécia tem em sua população 85% são ateus ou agnósticos.[3] Isso revela pra nós o quanto o mundo tem abraçado o ateísmo e entendido que ser cristão é um atraso de vida e de intelecto! Para esses supostos “intelectuais” acreditar que Deus existe é o mesmo que acreditar em Papai Noel, Lobisomem, Fada do dente e assim por diante! Tem sido implantado nas escolas no Brasil o ensino de Filosofia com o propósito de varrer a ideia de religião e se formar outros conceitos morais e éticos que não sejam os ensinados pelo cristianismo!
            O crescimento do islamismo mesmo em meio a tanta barbárie por parte do Estado Islâmico, tem atraído jovens europeus e de outras partes do mundo para comporem o exército de Alá! O islã já tem 22% da população mundial, um total aproximado de 1 Bilhão de seguidores! A cada ano aumentam em 16% no mundo a quantidade de adeptos ao islamismo![4] Sendo desta forma, a religião que mais cresce mundialmente. A razão desse espantoso crescimento é devido aos altos investimentos financeiros por causa da imensa quantidade de petróleo em territórios governados por essa religião.[5] Logo, a hostilidade e violência contra o cristianismo é crescente na mesma proporção do crescimento do islã. No Brasil o deputado homossexual que defende a causa gay, Jean Williys e outros levaram uma proposta de lei chamada de PL 1780, que defende o ensino da cultura islâmica e árabe nas escolas, como parte da formação escolar dos brasileiros, para evitar o bullying e a homofobia![6] Porque ele não colocou junto a essa proposta, o ensino da religião cristã e judaica? O que seria menos ruim e pelos menos coerente! É lógico que o interesse dele é aumentar a hostilidade no Brasil com relação ao cristianismo, que ele chama de fundamentalismo religioso!
            A Teologia da Prosperidade no meio evangélico é o maior produtor de ateus no mundo! Com os escândalos associados a esse movimento herético, aumentam assustadoramente o número de pessoas que não querem nem saber de ouvir falar de religião ou Deus! A igreja tem sido a sua maior inimiga, devido sua apostasia descarada. Alguns teólogos da prosperidade nos EUA de grande influência reuniram uma grande quantidade de pastores para assistir um vídeo do Papa Francisco convidando a Igreja Protestante para voltar ao Catolicismo e se unirem no mesmo proposito.  O argumento dos teólogos da prosperidade em apoiar essa iniciativa papal é que a Igreja Evangélica não tem mais o que protestar contra o catolicismo, pois defendem a mesma fé! Já é uma realidade que muitos pastores tem “voltado” para o catolicismo por causa de estudos sobre os pais da igreja e a proximidade e dialogo, causado pelo Papa atual![7]
            O Papa Francisco fez declarações que aparentemente colocam a Igreja Católica mais próxima da “pseudo ciência evolucionista” ao dizer que Deus não criou com uma “vara de condão” o mundo, mas por um processo evolutivo! A ideia do Bing Bang não se opõe ao relato de Gênesis, segundo o Papa Francisco![8] Se o relato bíblico não se opõe ao Bing Bang, ele necessariamente é um mito, logo, o homem não foi criado a imagem de Deus mas do macaco; Adão não existiu; a Queda é uma lenda, e a promessa do Redentor Vindouro de Gênesis 3.15, que é o segundo Adão, não é verdade! Se não existiu um primeiro Adão, o segundo também não pode ser realidade (Rm 5.14)!
            O filosofo brasileiro Olavo de Carvalho fez um vídeo[9] em que comenta com muita propriedade as fases de construção de uma oposição ao cristianismo, que ele chama de Cristofobia! A fobia é um medo exagerado ou intolerância, nesse caso especifico ao cristianismo, seja protestante ou católico. Irei expor alguns pontos que acho mais relevantes para esse artigo e nossa reflexão sobre a Cristofobia:
o   Existe um plano global por parte de muitos de varrer o cristianismo do mundo, afirma o citado pensador. O que a luz do que citei antes e outros fatores que aqui não serão expostos por falta de espaço para tanto, demonstram que esse argumento é totalmente plausível e real!
o   A primeira estratégia ideológica que os opositores declarados do cristianismo fazem é implantar leis governamentais que firam a consciência dos cristãos, quebrando seus valores morais, éticos e o espírito de unidade por uma causa em comum. O presidente dos EUA Barack Obama criou uma lei que obriga os empresários a pagar as despesas para os funcionários que querem abortar. Aqueles que não fizerem isso, por causa da consciência cristã, terão consequências impostas pelo governo.
o   Segundo passo é lógico, tendo quebrado todos esses valores na cultura e na sociedade que provém do cristianismo, as leis que proíbam adoração pública são implantadas, impedindo a pregação do Evangelho e qualquer expressão de fé. As demais pessoas vão, com o tempo, achar normal os crentes serem fuzilados, torturados e humilhados, como já ocorre em várias partes do mundo.
o   O mesmo grupo no mudo que arquiteta leis anti cristãs é o mesmo que cria leis para apoiar o islamismo, argumenta Olavo. No Brasil, como coloquei o documento que entrou como proposta na câmara dos deputados, tem sido implantados progressivamente!
o   O cristianismo é a comunidade mais perseguida do mundo, e não sai uma notinha em nenhum jornal ou mídia conhecida! Porque? A razão apresentada por esse filosofo é que existe um interesse global de não tornar isso público!
Esse pensador diz algo muito importante para nós cristãos: “Se os cristãos não se posicionam contra essa perseguição, tornam-se cumplices.” Concordo plenamente com ele sobre essa inércia da igreja! As pedras clamam quando a igreja não se pronuncia! Vivemos em um mundo encantado dentro das quatro paredes da Igreja, com uma teologia reformada, em grande parte, preocupada somente em discutir se os crentes são eleitos ou não, se dizimo é bíblico ou não, se são cinco pontos ou quatro pontos necessários para ser um legitimo calvinista...! Os “teólogos de internet”[10] que se aventuram a discutir o que nem ainda compreenderam corretamente, fermentam discussões tolas que em nada edificam a igreja de Cristo! Outros evangélicos vivem no mundo visionários, surtado, desprovidos de conhecimento bíblico e teológico, praticando tudo, menos o Evangelho Verdadeiro!
Vou expor brevemente uma exposição de Apocalipse 6. 9-11 que fala dos mártires cristãos diante do trono clamando ao Senhor por justiça a aqueles que o martirizaram! A resposta que é dada a eles é que somente chegará o dia da Vingança do nosso Deus, quando o número dos cristãos que estão destinados a serem martirizados se completar.
A Resposta Consoladora para os Crentes!
O entendimento de Kistemacker é que esse período dos mártires diante do Senhor, abrange desde a ascensão de Cristo até o último dia![11] Eu entendo que realmente essa posição é coerente com as Escrituras e com toda a história. Milhões de cristãos foram mortos por causa do Evangelho em toda a história, e hoje não é diferente como expus no início do artigo. Progressivamente tem aumentado o número de crentes martirizados.
O altar
Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
(6.9)
Existia no Templo no Antigo Testamento a esquerda o candelabro de ouro, a direita a mesa de pães asmos, e a frente, o altar do incenso. João já havia mencionado o candeeiro representando as igrejas da Ásia (1.20; 2.5); mas é a primeira vez que João fala do altar. O incenso no Antigo Testamento queimado no altar era usado como símbolo das orações do povo de Deus. Aqui, João diz os santos martirizados estão no altar orando diante de Deus.
Eles foram mortos por causa do Evangelho, por não terem se dobrado diante dos perseguidores. O primeiro mártir que temos no relato bíblico é Estevão (At 7. 54-60), mas se entendermos que os homens e mulheres de Deus no Antigo Testamento tiveram a mesma fé que nós, podemos afirmar, com base em Hebreus 11, que incluiria esses também, por terem sido perseguidos por causa de Cristo. Embora, no início eu concorde com Kistemacker que esses mártires seriam do período da ascensão a segunda vinda de Cristo, existe essa possibilidade de inclusão dos homens e mulheres de Deus que foram mortos e perseguidos por causa de Cristo! Embora, entenda que o texto se refira mais especificamente aos últimos dias!
...Clamavam em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
(6.10)
Os mártires estão perguntando a Deus até quando terá paciência com os ímpios? Porque não julga logo esses homens e acaba com todo o mal? A pergunta deles não era desrespeitosa, apenas expressa que se lembram de tudo que ocorreu na terra e colocam diante do Senhor a ira, conforme a Bíblia ensina que devemos fazer com relação a vingança, pois ela pertence a Deus (Rm 12.19). Não é pecaminoso nos irarmos contra o ímpio por causa da honra de Deus, Jesus fez isso com relação aos fariseus (Mt 23). O errado é fazermos isso por nossa causa! O Salmo 37. 9-11, Davi diz a mesma promessa: Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra. Mais um pouco de tempo, e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás. Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.
Pense comigo, se Deus tivesse respondido essa oração dos mártires desde o começo que pediram, nós não teríamos nascido e consequentemente não teríamos a promessa da consumação! Se Deus julgasse o mundo antes de conhecermos o Evangelho, teríamos sido condenados ao inferno! Ele não fez isso ainda, porque não somente nós tínhamos que nascer e crer no Evangelho, como também muitos outros ainda virão a vida e crerão! Somente quando todos os eleitos forem alcançados, virá o fim!
...Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
(6.11)
A vestidura branca em Apocalipse simboliza retidão, santidade (3.4-5,18; 4.4;6.11;7.9,13). Eles aparecem dessa forma porque seria a única forma de mostrar os santos no céu.[12] É dito a eles que repousem um pouco mais até que se complete o número dos outros irmãos que serão mortos, como eles. Esse repousar é no sentido de revigoramento diante do altar!
O texto afirma: ... repousassem ainda por pouco tempo,... Esse pouco tempo é do ponto de vista de Deus, não nosso, para Ele o tempo é breve e passageiro, mas para nós que somos limitados pelo pouco tempo de vida aqui, parece ser demorado. Somente o Pai sabe os tempos e épocas da consumação de todas as coisas! Quanto mais perseguições a igreja sofrer, mais próximo está o juízo!
Considerações Finais
O cerco está se fechando para os crentes em todo o mundo, mas enquanto os ímpios pensam que estão vencendo o SENHOR e seu Ungido, Deus dá risadas da estupidez dos ímpios, no tempo certo a vingança virá (Sl 2. 1-5). A promessa de Redenção para o povo de Deus não está contida somente em Apocalipse, como a maioria dos cristãos acham, mas em toda a Escritura. Entendo que a Revelação Bíblica é Progressiva, revelando o plano da Redenção. Existe uma promessa progressiva do Redentor Vindouro no Antigo Testamento que cito alguns textos que falam da vinda do Redentor,  apenas para nortear você na visão geral das Escrituras:
o   Gênesis 3.15:  A promessa da semente da mulher
o   Gênesis 22. 15-18:  A promessa é ampliada, essa semente será descendente de  Abraão que abençoará todas as famílias da terra.
o   Gênesis 49. 10: O Redentor, descendente da mulher e de Abraão, será o Leão da Tribo de Judá que governará o mundo.
o   Deuteronômio 18.15: A promessa se amplia ainda mais, a semente da mulher não será apenas descendente de Abraão, Leão da Tribo de Judá, mas o profeta semelhante a Moisés.
o   2 Samuel 7. 12-17:  O Redentor prometido será da casa de Davi e governará para sempre.
o   Salmo 110.4: Ele será eternamente sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
o   Isaías 9 e 53: O Redentor é descrito por Isaías como o menino Deus e o Servo Sofredor que levará a culpa e o pecado do seu povo.
o   Malaquias 4. 2:  Ele é o sol da justiça que trará salvação nas suas asas
No Novo Testamento João diz que Cristo veio tabernacular conosco (Jo 1.14): E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. O Tabernáculo e o Templo no Antigo Testamento apontavam para Cristo, Ele é o Tabernáculo de Deus entre nós! Ele encarnou, se fez tenda e habitou em nosso meio! Depois ele venceu a morte e virá para ser o templo permanente em nosso meio, na Nova Jerusalém (Ap 21. 3, 22-27)! A história é o palco da Redenção do homem, da manifestação da graça, da glória, do poder, da honra, do nosso Deus!
Quando olhamos para todos esses acontecimentos devemos nos fortalecer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus (2 Pd 3.18)! Nos alegrar por se aproximar o Grande Dia do SENHOR! Por isso João afirma no início do livro de Apocalipse (1.3): Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e a guardam as cousas nela escritas, pois o tempo está próximo. Estamos seguros no Senhor!
É momento também de reavaliarmos nossas prioridades, nossos valores, nossos alvos, nossos desejos, e intentos do coração a luz da Escritura e da Santidade do nosso Senhor Jesus! Portanto, viva com a convicção sua nas promessas redentoras de Deus em Cristo, são fiéis e devemos continuar firmes e inabaláveis, sabendo que nosso esforço, dedicação no Senhor, não é algo sem valor, sem sentido, mas algo que realmente tem absoluto e genuíno sentido existencial (1 Co 15.58)!
Reverendo Márcio Willian Chaveiro


[1] https://www.portasabertas.org.br/main/cristaosperseguidos/classificacao
[2] Fonte da citação: https://www.portasabertas.org.br/main/cristaosperseguidos/classificacao
[3] http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-pais-com-mais-ateus-no-mundo
[4] http://educaterra.terra.com.br/educacao/ala1.htm
[5] http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/contexto_analise.html
[6]http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=896884&filename=PL+1780%2F2011
[7] http://blog.opovo.com.br/ancoradouro/fenomeno-americano-pastores-protestantes-retornam-a-igreja-catolica/
[8] http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/10/1539614-teorias-do-big-bang-e-evolucao-estao-corretas-diz-papa-francisco.shtml
[9] http://youtu.be/cO2naqxQ6hQ
[10] Não estou aqui me referindo a pastores, professore de teologia, que contribuem com artigo na internet para edificação e esclarecimento dos crentes. Caso afirmasse isso, seria algo contra mim e completamente incoerente. Falo com relação aqueles irmãos bem intencionados que “ontem” conheceram a fé reformada, e antes de amadurecer e viver intensamente estas verdades, vivem em torno de discussões que no âmbito que são colocados não servem pra nada, a não ser para gerar polêmicas desnecessárias.
[11] KISTEMACKER, Apocalipse, Cultura Cristã, 2004, p. 300
[12] KISTEMACKER, 2004, p. 303

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

DEUS NÃO MUDA!


O homem muda seus planos de acordo com as circunstâncias, convicções éticas, morais ou religiosas, as novas percepções ou crescimento intelectual e emocional, circunstâncias adversas, são causas de mudanças de projetos, de desejos, de alvos existenciais. As variáveis da existência humana são muitas, e nenhum homem pode domina-las ou conhece-las de antemão. E ainda que pudesse, isso não daria a ele a condição de controlar o futuro, porque precisaria associado a isso ser todo poderoso! 
 Contudo Deus não muda seus planos, ou o seu Ser, por que é perfeito, completo. O que é perfeito, completo e suficiente em si mesmo, não precisa acréscimos ou aprendizado sobre alguma coisa, por isso não pode sofrer mudanças. Se Deus mudasse, ele seria limitado ou falho em seu Ser, estaria em processo evolutivo, em desenvolvimento eterno! Sendo Deus infinitamente perfeito, não pode mudar, como Arthur W. Pink expressou corretamente:
      Sua natureza e Seu ser são infinitos e, assim, não sujeitos a mutação alguma. Jamais houve tempo quando Ele não era; jamais virá tempo quando Ele deixará de ser: Deus não evoluiu, nem cresceu, quando Ele deixará de ser. Deus não evoluiu, nem cresceu, nem melhorou. Tudo que Ele é hoje, sempre foi e sempre será “...eu, o Senhor, não mudo...” (Malaquias 3.6) é a Sua afirmação categórica. Ele não pode mudar para melhor, pois já é perfeito; e, sendo perfeito, não pode mudar para pior. Completamente imune a tudo quanto Lhe é alheio, é impossível melhoramento ou deterioração. Ele é perpetuamente o mesmo. Somente Ele pode dizer: “...EU SOU O QUE SOU...” (Êxodo 3.14). Ele é absolutamente livre da influência do curso do tempo. Não há um vinco sequer nos sobrolhos da eternidade. Portanto,  o Seu poder jamais pode diminuir, nem Sua glória desvanecer.[1]
É verdade que existem textos bíblicos que aparentemente mostram que Deus se arrependeu, como este em Gênesis 6.6: então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Temos que entender que a Bíblia foi escrita em linguagem humana para expressar verdades eternas acerca do Ser e da vontade de Deus. Portanto, ao afirmar que o SENHOR se arrependeu é uma linguagem humana para dizer que Deus teve tristeza no coração em relação as atitudes pecaminosas do homem antes do dilúvio. Existem genuínas emoções e sentimentos no Ser de Deus, que são reveladas a nós desta forma, mas qual modo deveria ser, se não fosse assim? Podemos observar claramente no final deste texto citado: ...e isso lhe pesou no coração. Ora, o coração é a fonte das emoções e do nosso ser na linguagem bíblica, logo Deus sentiu tristeza em seu ser por ver a maldade humana, ou seja, o texto está mostrando que o Senhor tem emoções e reações com relação as ações da humanidade e não que houve mudança ou arrependimento nEle. Compare esta argumentação com o que Tiago 1.17 afirmou: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.  Em Números 23.19, escrito pelo autor de Gênesis 6.6, Moisés, é dito: Deus não é homem para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?[2] Também em I Samuel 15.29 é dito:  Também a glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa. Malaquias declarou a mesma verdade a casa de Jacó (Ml 3.6): Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
Quando Deus fala de si mesmo, Deus frequentemente acomoda a Sua linguagem às nossas capacidades limitadas. Ele Se descreve  como revestido de membros corporais como olhos, ouvidos, mãos; fala de si como tendo “despertado” (Salmo 78.65) e como “madrugado” (Jeremias 7.13), são apenas formas de linguagem para revelar ações e sentimentos de Deus em relação a nós. Quando Ele estabelece uma mudança em Seu procedimento para com os homens, descreve a Sua linha de conduta em termos de arrepender-se.[3] Como bem definiu Grudem: Deus é imutável no seu ser, nas suas perfeições, nos seus propósitos e nas suas promessas; porém, Deus age e sente emoções, e age e sente de modos diversos diante de situações diferentes.[4]
Imagine se Deus mudasse, evoluindo por não ser perfeito e todo poderoso! Você confiaria em um deus que muda na medida que a realidade altera? Como construiria sua fé em uma divindade tão instável? Como poderia confiar em suas promessas redentoras reveladas na Bíblia? Mas, sabemos em quem temos crido e que é poderoso para guardar o nosso depósito até aquele Dia (2 Tm 1.12)!
Reverendo Márcio Willian Chaveiro




[1] PINK, Arthur W. Pink, Atributos de Deus, Editora FIEL, 2001, São Paulo,  p.52
[2] São palavras de Balaão, registradas por Moisés, o que não invalida a verdade nela revelada.
[3] PINK, 2001,   p.54
[4] GRUDEM, 2006,  p. 111

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS DESAFIOS DE 1940 NÃO SÃO OS MESMOS DO SÉCULO XXI PARA A IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA!



Cada século tem suas próprias características de acordo com as transformações da realidade.  Saímos de uma cultura focada na razão humana como sedo a solução para todos os males sociais e culturais, que é o iluminismo. Essa expectativa ilusória do iluminismo, foi completamente frustrada pelas guerras mundiais no início do século XIX. O que direcionou a humanidade a buscar outra fonte de esperança e paz, voltando-se para uma paz interna, subjetiva, livre de padrões, de absolutos, de totalitarismos! Surge, então, a pós modernidade! A cultura do coração, do subjetivo e da experiência relativizada! 
O filosofo e escritor francês Jean Paul Sartre[1] defendia que o “homem está condenado a liberdade!” Ele queria dizer com isso que temos que nos libertar por completo das influencias que recebemos da sociedade, da cultura, da religião,... ou seja, desconstruir tudo e construir uma cosmovisão a partir da nossa própria percepção das coisas, por isso ele afirmava que o homem está condenado a liberdade. Esse espirito de desconstruir tudo e reconstruir sob outras bases é a essência da cultura pós moderna. O Dr. Carson ao escrever o livro “A Intolerância da Tolerância” afirma que a expressão tolerância mudou o seu sentido identificador. Antes cria que ser tolerante era aceitar a existência de opiniões contrárias, mas manter firme a sua convicção, ainda que a maioria pensasse diferente, você teria sua opinião e toleraria a dos outros. Agora, a tolerância mudou o seu sentido básico, ela é a tolerância para diferentes perspectivas da vida, ou seja, a minha opinião pode ser a certa, a sua também, e a do outro. Dr. Carson conclui dizendo: ...saltamos da permissão da articulação de crenças e todos os argumentos são igualmente válidos. Assim passamos da antiga para a nova tolerância.[2]
Com respeito a pós modernidade, que caracteriza o nossa época, Dr. Hermisten Maia faz um excelente esclarecimento:
Hoje, não temos mais referências, o homem já não é o centro de todas as coisas, pois já não há mais centro. Estamos “perdidos no espaço”. Sem absolutos, não sabemos ao certo o valor do homem e o seu papel no universo. Sem princípios universais, não existem absolutos; sem estes, tudo é possível.[3]
Francis A. Schaeffer sabiamente fez uma previsão com relação a igreja no século 21 ao dizer:
A igreja tem futuro em nossa geração? (...) Creio que corre perigo. Está prestes a passar por maus bocados. Enfrentamos pressões presentes e uma manipulação presente e futura que se tornará tão intensa nos dias por vir a ponto de fazer as batalhas dos últimos 40 anos parecerem brincadeira de criança.[4]
A Igreja Conservadora vive nesse tempo pós moderno, um tempo sem eixo, sem rumo, sem direção certa, onde todos navegam em suas emoções e paixões. Tempo de libertinagem sexual, moral, de extinção progressiva da honra e dignidade. Como ser uma igreja fiel a Escritura em um tempo como o nosso? Como crescer com saúde e não inchar com o método pragmático fruto do século XXI? Até que ponto a falta de crescimento expressa com realidade as falhas da igreja? Seria somente essa área a ser melhorada? O ensino em nossos púlpitos tem respondido as indagações pós modernas? Os conservadores sabem, na sua maioria, o que é ser conservador ou reformado? A igreja tem refletido as virtudes do Reino de Deus? Tem sido um agente fiel deste Reino?
Os Desafios de 1940 não são os Desafios do Século XXI
Nossos pais foram valentes na defesa da fé reformada, enfrentaram o seu tempo com ousadia, firmeza e não se dobraram as tentações intelectuais do liberalismo clássico. Somos gratos ao Senhor por ter levantado homens fiéis como estes fundadores da IPCB! Não podemos deixar reconhecer aqueles que continuaram a batalha pela fé nesses 75 anos de existência, que igualmente não se dobraram as transformações culturais e religiosas! Contudo, devemos fazer uma leitura adequada do nosso tempo e continuando no mesmo alicerce que nossos pais, que é a Escritura e Cristo, enfrentarmos os novos desafios que estão diante de nós!
Nossa luta atual não é contra o liberalismo clássico que tanto influenciou a igreja desde o final do século XIX e grande parte do século XX! Hoje não existem liberais “ortodoxos”[5], mas sim neo liberais que se disfarçam de reformados, de pentecostais, de neo pentecostais, de acordo com o que é conveniente, ou seja, são liberais pós modernos! A igreja evangélica não tem mais identidade cristã, mas sim pagã. No século passado a igreja pentecostal entrava em conflito com nossas convicções reformadas devido aos dons espirituais e práticas litúrgicas bem “acaloradas”! Porém, esses irmãos pentecostais na sua maior parte eram sinceros, queriam realmente viver intimidade com Deus, os seus erros ocorriam devido a fraca teologia defendida. No entanto, hoje, respeitamos as igrejas pentecostais tradicionais como Assembleia de Deus, que pertencem a ministérios sérios, porque esses irmãos também não concordam com o inimigo comum a nós, e da sã doutrina “a Teologia da Prosperidade e o Misticismo Desenfreado e pagão”! Sabemos que a igreja evangélica, na sua maior parte, tem feito de tudo para manipular as massas, pastores que roubam descaradamente suas ovelhas, inventam campanhas para esfolar os fiéis. A música evangélica antes utilizada para glorificar a Deus nos cultos, é agora um grande meio de lucro e fama! Na realidade não sabemos em que nível de “apostasia” a igreja evangélica vai se afundar nos próximos anos, porque o inimaginável para nossos pais em 1940, hoje é uma realidade prática na igreja no Brasil!
Como enfrentar essas mudanças na igreja e no mundo sem perder a identidade e também não se fossilizar? Ser ortodoxo e ser relevante para o nosso tempo, é sem dúvida um grande desafio! O Dr. Martin Lloyd-Jones corretamente alertou no final do século passado sobre as mudanças na igreja e o declínio na pregação como fator determinante nesse processo:
...o fato da igreja afastar-se da pregação é o responsável, em grande medida, pelo estado da sociedade moderna. A igreja tem procurado pregar a moralidade e a ética sem ter o Evangelho como alicerce; tem pregado a moralidade sem piedade; mas isso simplesmente não funciona. Nunca funcionou, e jamais funcionará. E o resultado disso é que a Igreja, havendo abandona sua verdadeira tarefa, tem abandonado a humanidade mais ou menos entregue aos seus próprios recursos.[6]
A responsabilidade de influenciar com o Evangelho a sociedade e a cultura é da igreja, por meio dos pregadores fiéis. A degeneração moral e ética que temos visto é em grande parte devido a nossa incapacidade e falta de ousadia para impactar! Tratando mais diretamente da nossa denominação, não adianta bater no peito e dizer que é conservador, como um fariseu, e na prática do cotidiano, não viver o que tanto exige dos outros! Existe em muitos uma incoerência entre a confissão e a prática, isso quando a confissão é correta! A verdade é que existem muitos conservadores, dentre eles líderes, que não sabem nem o que tanto afirmam com convicção! Não compreendeu que a Teologia Reformada não é um sistema teológico simplesmente, mas uma herança de vida e piedade dos reformados! O Reverendo João Alves já havia alertado sobre essa ignorância teológica entre muitos líderes conservadores em 1999: ...Poucos são os nossos oficiais que conhecem os elementos básicos de nossa Fé Reformada, consubstanciada na Confissão de Fé de Westminster. Falamos muito em doutrina, mas conhecemos pouco...[7] Essa triste realidade é muito mais agravante em nossos dias, infelizmente!
Outro aspecto que é critico na IPCB é o desconhecimento da piedade reformada. Muitos desconhecem declarações de Calvino como esta:  Eu ofereço a Ti meu coração, ó Senhor, pronta e sinceramente.[8]  Ou como do reformado Joel Beeke: ...a mais profunda preocupação do homem piedoso é o próprio Deus e as coisas de Deus – a Palavra de Deus, a autoridade de Deus, o evangelho de Deus, a verdade de Deus. Ele aspira conhecer mais de Deus e a comunicar-se mais com Ele.[9]  Muitos não saberiam definir piedade ou talvez não concordariam na prática achando exagero e utópico, da definição que João Calvino fez: Pela fé, os piedosos vivem pelo que encontram em Cristo, e não pelo que encontram em si mesmos.[10] Não trata-se apenas de estudo teológico, boa preparação da mensagem, mas isto e vida de piedade! A paixão em pregar o Evangelho deve incendiar nosso coração, a começar do púlpito!
A Pregação para uma Cultura Pós moderna
A pregação sempre deverá ser central na igreja, não importando os projetos pragmáticos, a mensagem é central em qualquer época.[11] Alguns conservadores vivem na esperança de um projeto revolucionário que livrará a IPCB de todos os seus problemas de crescimento e aplicação teológica! Isso é sonho de “tolo”! A igreja precisa fortalecer seus púlpitos! Como? Por meio do estudo esmerado e afadigado da Escritura (2 Tm 5.17)! Com um pastoreio que progressivamente reflita o pastoreio de Cristo na prática! Com oficiais mais envolvidos com teologia e não com “administração de igreja”, porque igreja não é empresa, embora tenha aspectos administrativos, nela tudo gira em torno de glorificar a Deus e edificar os santos! Nenhum projeto tem algum valor se não for aprovado pela Escritura! A igreja não é avaliada por números ou lucros, mas se o corpo está bem ajustado com o cabeça, Cristo (Ef 4.11-16)!
Não precisamos mudar os marcos irremovíveis da Escritura para alcançar os nossos contemporâneos pós modernos! Podemos repensar algumas posturas ou tratos que não são bíblicos, e nem regra para a igreja reformada. Existem aspectos flexíveis e aspectos inflexíveis na prática da igreja, somente a luz da Escritura é possível discernir. Um aspecto positivo, ao meu ver, causado pela cultura pós moderna é confrontar uma “certa” idolatria pela denominação que muitos defenderam achando que estavam com isso defendendo o Evangelho! Não podemos idolatrar placa de igreja, Deus condenou o povo de Israel por idolatrar o templo em Jerusalém, e não entender a essência do significado dele, que o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo, que apontava para uma presença eterna e plena na consumação (Ap 21. 3, 22-27)! Quando caminhamos nessa direção de extrema valorização de uma denominação, perdemos características essências do Reino de Deus! Temos que antes de ser conservadores, precisamos viver como cidadãos do Reino! Vivendo como cidadãos do Reino de Cristo, seremos excelentes conservadores e não o contrário!
Considerações Finais
Eu louvo ao Senhor de todo o meu coração por ter me alcançado pela graça, na Igreja Presbiteriana Conservadora! Nunca fiz parte de outra igreja, amo a história, a firmeza dessa amada denominação! Sou grato ao Senhor por ter me chamado também para o ministério na conservadora e ter o privilégio de contribuir um pouco com esse ramo legitimo da Igreja de Cristo!
Todavia, não deve ter em nosso coração idolatria pela “bandeira” conservadora! Devemos defender os ideais de 1940 porque estão de acordo com as Escrituras e não porque é a bandeira conservadora, como se fossemos torcedores fanáticos de um time de futebol! Temos que lutar para que a igreja se alinhe cada vez mais com o Reino e não com o que achamos! Tradição deve permanecer se estiver em conformidade com a vontade revelada de Deus e não porque aprendi assim e tem que ser assim até o fim! Na medida que vivermos individualmente como cidadãos do Reino, a nossa igreja será progressivamente mais santa e glorificará o Senhor Jesus!
A liderança conservadora, em grande parte, precisa reavaliar suas práticas. Essa reavaliação não é a partir da pós modernidade, com seus projetos e planos infalíveis para crescimento da igreja! Mas reavaliar a luz da Bíblia, do padrão de Deus para a igreja! A crise que temos vivido na igreja começa nos púlpitos e se espalha para os bancos! Faça o teste, olhe as igrejas conservadoras que estão mais bem estruturadas, saudáveis, e bem instruídas teologicamente, e veja se não existe algo em comum, que é um púlpito forte, profundo biblicamente e cheio de paixão! Veja a vida dos membros destas igrejas e avalie se a maioria não tem buscado viver a essência do Evangelho de Cristo! Você não verá projetos infalíveis, métodos mágicos, que só causam inchaço e engano, porém, verá crentes fortes, robustos, porque preferem não se contaminar com as iguarias desse mundo pragmático (Dn 1.8)!
Que o Senhor nos ajude a enfrentar os desafios do século XXI com ousadia e firmeza na Palavra, como nosso pais tiveram para os desafios de seu tempo! Termino com a declaração de João Calvino:
Fomos eleitos por Deus na eternidade para que o adoremos. No culto, a igreja vivencia o propósito de sua eleição: o fim principal do homem é glorificar a Deus. A igreja é a comunidade de adoradores que se congrega para testemunhar publicamente os atos graciosos de Deus.[12]
Em Cristo
Reverendo Márcio Willian Chaveiro






[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre
[2] CARSON, Donald A.  Carson, A Intolerância da tolerância,  Cultura Cristã, 2013,p. 13
[3] MAIA, passim.  p. 200
[4] SCHAEFFER, Francis A. Schaeffer, A Igreja no Século 21 -  Cultura Cristã, 2010
[5] Faço aqui uma ironia, para mostrar que os liberais clássicos poderiam ser considerados “ortodoxos” em relação aos covardes neo liberais, porque os primeiros eram sinceros em suas convicções e crises! O que não ocorre com os últimos, que não sabem nem o que são!
[6] JONES, Martin Lloyd-Jones, Pregação e Pregadores, FIEL, 1991, p. 25
[7] Artigo escrito pelo Reverendo João Alves dos Santos sobre a divisão da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e o surgimento da IPCB - Publicado em O Presbiteriano Conservador nas edições de Julho/Agosto, Setembro/Outubro e Novembro/Dezembro de 1999 e Janeiro/Fevereiro e Março/Abril de 2000)
[8] BEEKE, 2014, p. 27
[9] BEEKE, Joel Beeke, Espiritualidade Reformada, FIEL, 2014, p. 26
[10] Cf. BEEKE, Joel Beeke, Espiritualidade Reformada, FIEL, 2014,  p.31
[11] JONES, Martin Lloyd-Jones, 1991, p. 26
[12] COSTA, Hermisten Maia Pereira da Costa – João Calvino 500 anos – Editora Cultura Cristã,  2009, p.285