Estava
lendo a revista Ultimato na sua edição julho-agosto
do corrente ano, quando me deparei com uma carta de uma leitora, no espaço
reservado para opiniões, cuja opinião tem o tema “Homofobia”, o comentário diz o seguinte:
É uma pena
que uma revista tão séria como Ultimato tenha de cair, volta e meia, na
homofobia e com isso semear ódio em vez de paz. Se partirmos do princípio de
que Deus criou e continua a criar tudo, ele cria também os homossexuais, porque
homossexualidade não é uma opção, é uma condição. Esta gente sofre muito quando
percebe a si mesma como diferente da maioria. Apesar disso, eles conseguem, em
regra, ser membros valiosos da sociedade; são gente honesta, bons
profissionais, praticam a caridade, longe de fazer mal a alguém. Claro que há
entre eles casos de promiscuidade; mas estes existem também – e,
proporcionalmente, talvez até em maior número – entre os heterossexuais. E
deve-se notar que em muitos dos casos em que jovens homossexuais caem na
promiscuidade isto é devido à não aceitação destes filhos pelos pais. Deve-se
notar também que muitos dos pais rejeitam os filhos homossexuais devido à
pregação homofobica de certos pastores evangélicos e padres católicos.
Essa
carta aberta me chamou bastante a atenção por expressar a ideologia por trás do
movimento gay. Não sei se a pessoa que escreveu é homossexual, ou apenas
simpatizante, não pretendo aqui avaliar quem escreveu, o que seria uma grande
tolice, mas o conteúdo do escrito a luz das Escrituras. É importante também
esclarecer que a revista Ultimato respondeu essa colocação afirmando que: Por sua responsabilidade diante de Deus,
diante das Escrituras, diante da igreja de Jesus e diante da sociedade,
Ultimato não aceita que a homossexualidade seja uma criação de Deus... Pretendo
diante do exposto destacar alguns pontos mais interessantes do ponto de vista
da leitora para em seguida contra argumentar com a Bíblia e com a lógica.
É uma pena que uma revista tão
séria como Ultimato tenha de cair, volta e meia, na homofobia e com isso semear
ódio em vez de paz....
O
que é homofobia? É a pessoa que tem fobia, medo, pavor de homossexual.[1]
Será que a maioria dos evangélicos, por pior que esteja a saúde teológica e
moral da igreja, tem pavor, medo de homossexuais? Acredito que não. Penso que
declarações como esta, apenas reflete a cultura pós moderna que prega atitudes
politicamente corretas em todas as situações. Discordar de condutas, opiniões,
por causa de convicções firmes, é visto como uma agressão. Por outro lado, os “pós modernos”[2]
podem atacar, agredir, quem tem convicções! Eu não sou homofobico, mas não
concordo com essa prática e morrerei com essa firme convicção! Nas igrejas que
pastoreie tivemos a visita de homossexuais e foram muito bem tratados pelos
membros, sem qualquer “discriminação ou
homofobia”.
Jamais
um pastor que é servo de Deus, semeará ódio contra os homossexuais! Se algum
dito pastor tem feito isso, demonstra que não é servo de Cristo. Temos que
diferenciar entre opiniões contrárias
a prática homossexual, de opiniões em
favor do ódio aos homossexuais. Infelizmente, os homossexuais ativistas,
gostam de dizer que a igreja promove ódio contra eles, para sensibilizar e
constranger a sociedade. Sempre pousam de vítimas sociais, qualquer violência
ou assassinato que um homossexual sofre é colocado nos índices de homofobia,
mesmo que a maior parte seja de violência entre eles mesmos.
O
que temos visto é oposto do que alegam existir. Eu fui testemunha ocular,
juntamente com outros dois colegas de ministério, de uma agressão aos
evangélicos por um ativista gay em Brasília em 2011[3]. A
ocasião dessa agressão foi o protesto contra a PL 122 promovida pelo Pr. Silas
Malafaia. No final do protesto um ativista gay agrediu com golpes de capoeira
um grupo de evangélicos e em seguida foi preso, mas o grupo de ativistas gay
pressionaram a polícia para soltar o que parece ter acontecido em seguida.
Contudo, lamento muito de não ter tirado foto ou filmado, porque ingenuamente
pensei que pelo fato de ter ali várias emissoras, isso seria publicado! O que
aconteceu foi que abafaram isso e ninguém, além dos presentes, puderam ver esse
acontecido. Se fosse o contrário? Até hoje seria capa de revista!
Se partirmos do princípio de que
Deus criou e continua a criar tudo, ele cria também os homossexuais, porque
homossexualidade não é uma opção, é uma condição...
Se
o princípio que é apontado fosse verdadeiro, talvez, ela teria argumentos
razoáveis. Mas Deus não cria mais, ele criou tudo em seis dias e no sétimo
descansou, cessou a obra da criação (Gn 2. 1-3). Quando criou todas as coisas
perfeitas, disse que tudo era muito bom (Gn 1.31)! Após a criação ele governa
providencialmente o que foi criado. É durante a criação, especificamente no
sexto dia, que Deus cria o homem e mulher a sua imagem e semelhança, para que
pudessem se unir em casamento e constituir uma família que refletisse a relação
de Deus triuno com o homem (Gn 2. 18-25). Quando Deus cria o habitat para Adão, diz que não era bom que ele estivesse só, e por isso faz uma adjutora, uma auxiliadora, uma
contra parte sexualmente, uma pessoa que o complementaria fisicamente,
emocionalmente, e o auxiliaria o homem a viver para a glória do Criador (Gn 2.
18). Adão ao ver a mulher que Deus criou para ele, faz um belíssimo poema
para Eva (Gn 2. 23): ...Esta, afinal, é
osso dos meus ossos e carne da minha carne: chamar-se-á varoa, porquanto do
varão foi tomada. Após a desobediência do homem e da mulher, Adão ainda
olha para sua companheira e reconhece que ela seria mãe de todos os seres
humanos na terra (Gn 3.20). Logo, podemos ver claramente que na instituição do
casamento e da família feita pelo Criador não existe qualquer possibilidade de
ter a benção dEle sobre outra união que não seja entre um homem e mulher,
criados diferentes para se complementarem! Esse é o padrão de união conjugal e familiar,
e continuará sendo para o homem e mulher!
Mas
o argumento da leitora, de que Deus continua criando é apenas para legalizar a
união homossexual como uma condição natural do homem: ...ele cria também os homossexuais, porque homossexualidade não é uma
opção, é uma condição... Ela defende
um princípio de argumentação falso, para
depois dizer realmente o que defende. Já mostrei que o princípio usado por ela é
falso biblicamente, e obviamente o restante também é. Eu poderia formular outro argumento logico: Deus não cria mais após ter criado o homem e
mulher, logo, a homossexualidade não é uma condição natural, é um opção
pecaminosa!
A
homossexualidade não é uma condição natural, ninguém nasce homossexual, não
existe biologicamente provas disso e nunca terá, porque homossexualidade é uma
escolha ou como gostam de afirmar “opção
sexual”! A ideologia por trás desse argumento, que defende o homossexual como
uma identidade do ser, é uma forma covarde
de calar a boca de qualquer pessoa que pense o contrário. Eles gostam de
colocar a “discriminação sexual” em
pé de igualdade com a discriminação racial. Uma coisa não tem nada a ver com a
outra. A primeira é uma escolha sexual, e a segunda é uma condição, em que a
pessoa nasce: deficiente fisicamente,
branca, afro descendente, ruiva, judia, alemã, italiana, brasileira,
africana,... ou seja, ninguém pode ser discriminado por ter nascido com
alguma deficiência física, em um país
pobre, ou pela cor de pele, porque esta é uma condição natural. Mas ser homossexual, a pessoa decide
praticar ou não praticar, ser ou não ser, tal como alguém decide ser adultero ou não, decide se prostituir ou não, decide ser pedofilo ou não, e assim por diante!
A
homossexualidade é uma escolha errada! Para os verdadeiros cristãos, a Bíblia é
a única regra de fé e prática. Ela define pecado como sendo a transgressão da
lei de Deus, que é revelada na Escritura (1 Jo 3.4). A Bíblia claramente
classifica a homossexualidade como um ato pecaminoso, contrário à vontade
estabelecida por Deus (Rm 1. 18-27; 1 Co 6. 9-11). Jesus foi claro ao afirmar
(Mt 19. 4-5): ...Não tendes lido que o
Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa
deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne? Portanto, a homossexualidade é uma escolha pecaminosa, porque
transgride a ordem de Deus e ataca diretamente a instituição família,
instituída pelo Senhor!
A
carta continua:
Esta gente
sofre muito quando percebe a si mesma como diferente da maioria. Apesar disso,
eles conseguem, em regra, ser membros valiosos da sociedade; são gente honesta,
bons profissionais, praticam a caridade, longe de fazer mal a alguém. Claro que
há entre eles casos de promiscuidade; mas estes existem também – e,
proporcionalmente, talvez até em maior número – entre os heterossexuais. E
deve-se notar que em muitos dos casos em que jovens homossexuais caem na
promiscuidade isto é devido à não aceitação destes filhos pelos pais. Deve-se
notar também que muitos dos pais rejeitam os filhos homossexuais devido à
pregação homofobica de certos pastores evangélicos e padres católicos.
A
leitora continua sua avaliação afirmando que os homossexuais sofrem muito por
perceberem que são minoria. Concordo, que eles sofrem mesmo, muitas pesquisas
de universidades que não são tão divulgadas, afirmam que existe um alto nível
de suicídio entre homossexuais! Segundo uma pesquisa realizada pelo estado de
Oregon nos EUA, afirma que a possibilidade de um adolescente homossexual
cometer suicídio é 5 vezes maior do que de um adolescente heterossexual.[4] O
conflito que eles vivem não é porque compõe a minoria da sociedade, mas por
outros fatores mais profundos. Eles são governados por seus desejos contrários
a sua própria a natureza, isso traz sem dúvida conflitos na alma. Como eles
mesmo gostam de afirmar: tenho uma alma
feminina em um corpo masculino! O contrário é dito também: tenha a alma masculina em um corpo feminino!
Na realidade, se fossem verdadeiramente observados os fatores que levam algumas
pessoas escolherem ser homossexual, descobriria que em grande parte é por causa da criação que tiveram, com maior
influência do sexo oposto, ou por perversões sexuais na infância, ou ainda por
terem sofrido pedofilia. Alguns podem contra argumentar que não se lembram
quando começaram a ter desejos homossexuais, por isso deduzem que nasceram
assim. A resposta que dou é simples, não se lembram de quando começaram a ter
desejos homossexuais porque eram crianças e não tem lembranças guardadas no consciente,
mas tudo ficou gravado no subconsciente, que os influenciam, na maior parte dos
casos. Se todo homossexual nasceu homossexual, porque a maioria só descobre o que “é natural” depois de adulto? Antes
tinha desejos heterossexual e agora não tem mais?
Esse
processo de influência na infância ocorre com heterossexual promiscuo, ele teve
provavelmente uma infância liberal em termos sexuais, com grande influência
negativa de seus educadores, despertando antes da hora um desejo insaciável e
pervertido sexualmente! Muitas crianças em seu processo de formação de
identidade, são influenciadas pelos pais, parentes ou conhecidos a praticar
atos promíscuos. Não significa que todos que foram alvos de promiscuidade na
infância serão por isso promiscuo! Não acredito que o homem seja produto do
meio, mas produto de si mesmo, das suas escolhas pecaminosas ou santas!
Eu
também sou honesto ao reconhecer que existem muitos evangélicos ignorantes que
tratam mal uma pessoa por ser homossexual! Essa atitude não é cristã. Por outro
lado, quem tem sanidade teológica não defende que homossexuais devem ser
maltratados por sua escolha errada e nem que são péssimos cidadãos. Em muitos
casos, são melhores como cidadãos que muitos crentes que não pagam suas contas,
não vivem de forma exemplar na sociedade. Todavia, não é a experiência que
prova que uma atitude é correta ou não. Porque se o argumento em favor da
homossexualidade se baseia em que eles pagam seus impostos, outros poderiam
argumentar da mesma forma, como um adultero,
pedofilo, prostituta, promiscuo sexual, que embora tenham atitudes sexuais
erradas a luz das Escrituras, pagam seus impostos e fazem o bem social! Pagar
imposto, fazer caridade, é uma obrigação para todos, seja homossexual ou
heterossexual, e não um argumento para legitimar o pecado em outras áreas!
Por último, considero o
final da carta aberta: ...E deve-se notar
que em muitos dos casos em que jovens homossexuais caem na promiscuidade isto é
devido à não aceitação destes filhos pelos pais. Deve-se notar também que
muitos dos pais rejeitam os filhos homossexuais devido à pregação homofobica de
certos pastores evangélicos e padres católicos... O que a leitora da Ultimato não sabe é que
homossexualidade é por si só uma promiscuidade! Não existe a possibilidade de
uma relação homossexual não ser vista biblicamente como uma ação promiscua,
como outras relações. Somente a relação heterossexual no casamento, dentro dos
princípios bíblicos de respeito e amor, não é considerado promiscuidade (1 Co
7. 1-6). A rejeição que muitos evangélicos tem para com seus filhos
homossexuais é de manda-los embora de suas casas? Se for, é pecado! Contudo,
parece-me que a atitude normalmente desses pais cristãos é de opor a prática,
tentando levar o filho a abandonar essa escolha pecaminosa por querer o melhor
para seu filho, ou seja, por amor a ele e não o contrário! O problema é que a
homossexualidade é sempre vista, como a leitora afirma no começo: uma condição e não escolha! Sendo assim,
eles entendem que o pai ou mãe que se opõem a prática homossexual esta
rejeitando o filho! Portanto, tudo parte do princípio de identidade do homossexual,
se acreditarmos que é uma condição,
eles estão certos, mas se acreditamos que é uma escolha, estamos corretos em
não concordar com essa “opção”!
Considerações Finais
Quero
deixar bem claro que não tenho a intenção de debater com ativistas gay, porque
partimos de referências completamente diferentes. A minha base de conduta, de
escolha, de proposito existencial, é a Escritura e não a cultura pós moderna. O
que pretendo com esse singelo artigo é fortalecer e esclarecer irmãos em
Cristo, que amam o Deus revelado nas Escrituras e em seu Filho Jesus Cristo!
Temos
que amar e respeitar os homossexuais, todavia, isso não significa que temos que
concordar com eles! Discordar não é ato
de ódio, é ato de amor, se for regido pela verdade e mansidão! O crente não
pode ser “politicamente correto”, ser
assim é ser covarde, medroso e “produto
do meio”! Somos protestantes, para
ser assim, temos que protestar contra todo tipo de iniquidade, pratica
pecaminosa e distorções da Bíblia! Não se acovarde diante das pressões mundanas
do século XXI! Use os meios legítimos, com inteligência e sabedoria de Deus
para combater o erro e promover a edificação da igreja em Cristo, segundo a
verdade em amor, bem ajustados, consolidados, naquele que o cabeça da Igreja! A
Ele toda a glória!
Reverendo
Márcio Willian Chaveiro
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